Saudade
A saudade é uma senhora estranha.
Por vezes ela desaparece e nos sentimos frios e vazios por não encontrá-la.
Então ela reaparece, sem aviso, e nos sentimos incompletos porque ela voltou.
Por vezes ela desaparece e nos sentimos frios e vazios por não encontrá-la.
Então ela reaparece, sem aviso, e nos sentimos incompletos porque ela voltou.
Reflexão:
A natureza da saudade é de fato um paradoxo. Quando ela se ausenta, experimentamos uma quietude que se confunde com o vazio, como se a própria importância do passado fosse posta em dúvida.
Esse sentimento não vem da ausência da pessoa ou do tempo, mas do temor de que a memória esteja se dissolvendo. Sentir falta da saudade é, no fundo, desejar a certeza de que aquilo que vivemos ainda reverbera em nós.
Contudo, seu retorno é igualmente perturbador.
Ao reaparecer, ela não preenche o vazio, mas o ilumina, expondo com clareza a distância entre o que lembramos e o que somos agora. Sentimo-nos incompletos porque a saudade é a consciência aguda da fratura do tempo, a prova viva de que uma parte de nós habita um lugar ao qual não se pode mais voltar.
Esse sentimento não vem da ausência da pessoa ou do tempo, mas do temor de que a memória esteja se dissolvendo. Sentir falta da saudade é, no fundo, desejar a certeza de que aquilo que vivemos ainda reverbera em nós.
Contudo, seu retorno é igualmente perturbador.
Ao reaparecer, ela não preenche o vazio, mas o ilumina, expondo com clareza a distância entre o que lembramos e o que somos agora. Sentimo-nos incompletos porque a saudade é a consciência aguda da fratura do tempo, a prova viva de que uma parte de nós habita um lugar ao qual não se pode mais voltar.
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